Abrir indústria maquileira no Paraguai: prazos, custos e desafios
- Camila Schimmidt
- há 3 dias
- 4 min de leitura
Introdução
A Lei Maquila no Paraguai é uma das maiores oportunidades de negócio da América do Sul: apenas 1% de imposto sobre valor agregado, mão de obra barata, energia entre as mais competitivas do mundo e exportação para o Mercosul sem imposto de importação.
Mas transformar essa oportunidade em realidade não é tarefa simples. Abrir uma indústria maquilheira no Paraguai pode ser de duas até três vezes mais difícil do que no Brasil.
Neste artigo, você vai entender por que, conhecer os prazos médios de implementação e aprender por que, mesmo com as dificuldades, o Paraguai continua sendo a jogada estratégica mais inteligente para empresários que querem reduzir custos e aumentar lucros.
O paradoxo Brasil x Paraguai
Em entrevista recente, Marlon Rihayem, fundador do Guia Paraguai, comentou uma frase que resume bem essa comparação:
“O que é fácil no Brasil é difícil no Paraguai, e o que é difícil no Brasil é fácil no Paraguai. Mas eu prefiro as dificuldades do Paraguai.”
No Brasil, comprar uma peça, uma máquina ou contratar serviços de manutenção é rápido, muitas vezes a um clique de distância. Já no Paraguai, esse acesso pode ser mais lento.
Por outro lado, as grandes dificuldades brasileiras — alta carga tributária, burocracia sufocante, encargos trabalhistas, energia cara e crédito restrito — se transformam em vantagens competitivas no Paraguai.
O ritmo de implementação no Paraguai
Um dado chama atenção: desde 1997, quando a Lei Maquila foi criada, apenas cerca de 400 indústrias maquilheiras foram implementadas no país. Destas, aproximadamente 60% são brasileiras.
Esse número relativamente baixo não significa falta de oportunidade, mas sim a complexidade do processo de implementação industrial.
Prazos médios: montar uma indústria no Paraguai leva de 1 ano e meio a 2 anos, podendo chegar a 3 ou 4 anos em casos de maior burocracia.
Licenças e autorizações: exigem trâmites junto a órgãos ambientais, aduanas e o Conselho Nacional das Indústrias Maquiladoras (CNIME).
Equipamentos importados: muitas vezes dependem de liberação aduaneira que pode atrasar meses.
É um processo que exige planejamento, capital estruturado e assessoria especializada.
Comparando com o Brasil
No Brasil, muitas fábricas também enfrentam prazos longos — projetos estimados em 2 anos acabam levando 3 ou 4, em função da burocracia, licenciamento ambiental e dificuldade logística.
A diferença é que, no final do caminho, o empresário no Paraguai colhe frutos que não existem no Brasil:
Carga tributária mínima (1%).
Energia elétrica barata e estável.
Financiamentos atrativos com taxas muito abaixo da Selic brasileira.
Lucro protegido em dólar.
Em outras palavras: as dificuldades existem nos dois países, mas no Paraguai, o retorno compensa.
A mentalidade do empresário brasileiro
Muitos empresários brasileiros ainda resistem à ideia de investir no Paraguai. Existe uma percepção equivocada de que o país é “atrasado” ou “pouco confiável”.
Na prática, a realidade é outra: o Paraguai é o país que mais cresce na América do Sul, com estabilidade macroeconômica, inflação controlada e um ambiente de negócios cada vez mais profissionalizado.
O que falta é informação e visão estratégica. E é por isso que quem chega primeiro garante vantagem competitiva duradoura.
Fluxo básico de abertura de uma indústria maquilheira
Sem transformar este artigo em manual, podemos listar o fluxo geral:
Constituição da empresa no Paraguai sob regime Maquila.
Registro junto ao CNIME (Consejo Nacional de las Industrias Maquiladoras de Exportación).
Definição do projeto de maquila, incluindo descrição da atividade, fornecedores e destino da produção.
Trâmites ambientais e logísticos, envolvendo órgãos como o MADES e a aduana.
Importação e instalação de equipamentos.
Contratação e treinamento da mão de obra.
Início da produção para exportação.
Esse processo, mesmo quando bem planejado, exige no mínimo 18 meses.
Por que não é para amadores
Abrir uma indústria maquilheira no Paraguai não é algo que possa ser feito de forma improvisada. Os riscos de tentar sozinho são altos: perda de prazos, custos ocultos, erros jurídicos e até perda do benefício fiscal.
Por isso, a recomendação é clara: trabalhar com consultores que já têm operação robusta no país, conhecem os trâmites e sabem como evitar atrasos desnecessários.
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Conclusão
Abrir uma indústria maquilheira no Paraguai exige paciência, planejamento e apoio especializado. Os prazos podem ser longos, mas o resultado coloca sua empresa anos à frente da concorrência: pagando apenas 1% de imposto, exportando sem barreiras e lucrando em dólar.
Enquanto muitos empresários brasileiros ainda veem o Paraguai com preconceito, os que se antecipam estão garantindo margens de lucro inalcançáveis no Brasil.
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🔹 Bloco 3 – Fontes oficiais
[SUACE – suace.gov.py][DNIT/SET – dnit.gov.py][Tratados do Mercosul – mercosur.int][Asociación de Empresas Maquiladoras del Paraguay – cnime.org.py][MADES – mades.gov.py]
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